quinta-feira, janeiro 03, 2008

Os chusos

Hoje está para aí um vendaval pior que o valha-me deus.
É frio, é vento, é chuva, é saraiva, é tudo, vá!
Há quem, nestas situações, se socorra de objectos tenebrosos para se proteger da pluviosidade que afliu nos apressados corpos dos transeuntes. Tais objectos têm designações várias, como guarda-chuva, chapeu, ou como se diz na minha terra, chuso.
As mesmas pessoas que mergulham no mar no verão e visitam a banheira amiude sentem-se agredidas pela chuva e recorrem ao chuso. Mais, nas amiudadas visitas à banheira usam o aspersor de água a quem vulgarmente chamam chuveiro.
Ora, chuveiro...chuveiro, chuva!
A água que cai do céu não é pior do que a da rede pública, muitas vezes deslocada por velhos e ferrugentos canos prediais.
A chuva é amiga até porque rega os campos e dava para tomar banho se as pessoas fossem á rua com sabão.
Logo, o chuso é mau.
E o homenzinho que ganha a vida a concertar chusos é um begueiro e o seu assobio enerva-me.
Lá porque adaptou a sua Casal Boss para que esta sirva de rebarbadeira, não tem o direito de andar a assobiar tão cedo. Alem disso é careiro, mas isso é outra história.
Depois os chusos a pingar no autocarro, a jazer na porta de estabelecimentos comercias e ser mais "trocados" do que isqueiros enquanto esperam o seu proprietário.
Se os chusos fossem porreiros (pá) podiam ir aos estádios. E não podem, porque só servem para andar à porrada e para tapar o jogo aos espectadores mais recuados.
Por isso os chusos são begueiros e quem os usa é conivente.

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