segunda-feira, março 22, 2010

O rio Este

Há rios famosos pela água, pelos peixes, pelas paisagens em que se inserem e pelo cheiro a bedum.
O rio Este inclui-se nesta última categoria. Mas já foi pior, agora há dias em que até escapa.
No sábado era tanta a água e corria tão depressa que até dava para fazer rafting. Parecia o rio Paiva. Também parecia as ribeiras da Madeira mas não destaquei isso em primeiro porque parecia mal.
Nessa altura, o rio Este poderia até ser conhecido pela água. E querem saber a curiosidade?
Se não quiserem, avancem o próximo parágrafo.
A água levava tanta terra que ficou castanha. Logo no dia que não cheirava a cocó e que o tinha bem diluidinho é que tinha cor de cocó. Eu achei isso muito engraçado.
Apesar deste rio ter muito esgoto, quando desagua no Ave aumenta a concentração de água neste último. O Ave tem mais cocó que água (Pelo menos em Vila do Conde. Em até Vieira dá para tomar banho fresquinho.). O Este sempre tem mais um bocado água do que cocó. Ou então é ela por ela.
Na rua dos Barbosas há casas em que o quintal é uma praia fluvial. Mas no sábado, não tinham quintal. Se havia praia, devia ser um lanço de escadas entre o rés do chão e o primeiro. Isso parece muito bom mas não é. E sabem porquê, porque essas escadas são dentro de casa e lá não dá Sol.
O que valeu é que esta chuva toda foi em Março. Se fosse em Junho, levava as figuras todas. O São João, o menino Jesus e tudo iam com a água. Ia ser bonito. Mas o conceito de cascata ficava com maior significado.
P.S.: Escrevo sobre este rio agora, porque ainda é canalizado. Quando o desencanarem não sei se ainda me vai apetecer.

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